sábado, 8 de novembro de 2014

Girl Power

Salvo raras excepções, qualquer rapariga nascida nos finais dos anos 80/inícios de 90 sofreu de uma febre incontrolável: Spice Mania. As Spice Girls não duraram muito tempo, mas a sua estadia foi tão intensa que se tornaram inesquecíveis.

Quem não se lembra das colecções de cromos e de fotos, das cassetes VHS com os videoclips, os CDs branquinhos e as cópias em cassete para ouvir no Walkman? E ainda o desodorizante, os perfumes, as bonecas iguais às originais.

Todas nós tínhamos uma favorita, aquela que "queríamos ser". Imitávamos os seus looks, os seus pentados e jeitos. E, hoje em dia, revemos fotografias desses tempos e rimo-nos das nossas figuras ridículas. (A minha favorita era a Posh, ninguém gostava dela mas eu delirava com as roupas e penteados. Tinha sempre o penteado igual ao dela, inclusive quando fez o seu pixie - eu fiquei horrível).

No curto tempo em que duraram, ensinaram-nos isto: Girl Power. Uma espécie de feminismo rebelde dos anos 90. E não só elas. As séries que víamos na TV, desde a Xena, a princesa guerreira, a Buffy, a caçadora de vampiros, transmitiam uma mensagem poderosa e feminista. Nós somos capazes de tudo, tomamos as nossas próprias decisões, ninguém nos pode controlar.

Seria de esperar que todas nós, que ouvimos essa máxima centenas de vezes, continuássemos a pratica-la. Hoje em dia, penso que é um dos melhores conselhos que os anos 90 nos trouxeram. A vida só faz sentido se for partilhada. Mas, nesta partilha, é muito importante que nos respeitem e dar-mo-nos ao respeito.

11 comentários:

  1. Adorava a Xena! Que saudades! :)
    Exatamente! Antes de sermos respeitados, precisamos de saber respeitar

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    1. Eu também.. Lembro-me bem de brincar à Xena, a correr pela praia e a fazer gritinhos ridículos. Belos tempos ;)

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  2. Ainda ontem estava a ver um programa qualquer na MTV e falaram disso mesmo: da maneira como as Spice Girls e o seu Girl Power contribuiram para a sociedade que temos hoje (num bom sentido). Há partes de músicas delas que vêm logo à cabeça como "If you wanna be my lover, you gotta get with my friends", que para mim significa isso mesmo que disseste, é bom partilhar a nossa vida com alguém, mas isso não implica que deixemos de estar com os nossos amigos, de fazer as nossas escolhas e ter a nossa própria vida.

    Acho que hoje em dia existem também alguns livros como o Hunger Games e a série Divergente que reforçam a imagem de que as raparigas não são aquele ser indefeso à sombra de um rapaz, mas sim quem vai à luta, defende os seus ideais e se protege a si mesma.

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    1. Não vi esse programa, mas até calha bem :) Sim, esses livros também, de certa forma, reforçam um pouco o Girl Power que se foi perdendo nos últimos anos. Acho que a febre Twilight foi uma das culpadas disso. ahahah

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  3. Só espero muitas sessões de dança ao som de spice girls. sem medos de riscar o chão :p

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  4. Não podia concordar mais. Especialmente com o que disseste por último :)*

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  5. Olha nunca tinha pensado nas coisas dessa forma, mas relamente tens razão :) A onda do Girl Power mudou o mundo!

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  6. ahahah!!! Eu adorava as Spice... Quem não? E concordo plenamente ctg! Elas eram super poderosas, e nós míudas tentávamos ser tb! :) Encarnavamos uma faceta que adorávamos!
    Tenho saudades desses tempos :) Beijinhos

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  7. Como eu adorava as spice girls. Tínhamos (eu e as minhas amigas) um grupo de dança na escola primária e "éramos" as spice girls. Eu era a Victoria, adorava-a! Tinha uma roupa de espectáculo igual a um outfit dela e tudo, um top cai-cai de seda branco e uma mini-saia de veludo preta...ai ai, onde é que os meus papás tinham a cabeça para me deixarem apresentar na escola assim? Lol que comédia :)

    http://world-of-wanderlust.blogspot.pt/

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    1. Eras tu e eu! Também era sempre a Victoria :) Não fiz foi espectáculo (oficial) nenhum. ahahah*

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