segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Do ir ou não ir.


Quem me conhece sabe que fico sempre um pouco triste quando alguém da minha geração sai do país e tenta a sua sorte lá fora. Em busca de uma oportunidade melhor e do reconhecimento, um a um, os jovens deste país saem para possivelmente não voltarem.

Fico triste porque o país fica mais pobre. Porque precisamos destes jovens. Porque o país não os respeita como eles merecem. Se todos saírem, que será do nosso país?

Tenho licenciatura e mestrado, tenho experiência. Sinto que ninguém me quer e ninguém me respeita. Na minha área, só se arranja trabalho por cunhas e, quando se arranja, é-se explorado até perdermos a vontade de trabalhar.

Já me ofereceram 600 euros por cerca de 60 horas semanais. Além disto ser um insulto a qualquer pessoa (e de ser super ilegal), só posso concluir que há quem aceite este tipo de trabalho. Onde está o respeito? Onde está o bom senso? E a compaixão?

Será que todos os que foram é que têm razão? Temo que sim. De que vale lutar por um país que não nos quer?

2 comentários:

  1. Também acho triste as pessoas terem de voltar a sair do País, tal como há umas décadas atrás, não por vontade, mas por necessidade.
    E agora com maiores recursos academicos.

    www.tarasemanias.pt

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    1. Pois é, Sónia. Pode ser que isto tudo mude, como mudou de repente. Vamos ser optimistas!

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