terça-feira, 21 de outubro de 2014

O Tinder.



Com várias pessoas conhecidas a marcar pontos no Tinder, e como não devo nada a ninguém, entrei neste mundo novo à experiência. Longe de querer procurar um companheiro numa aplicação baseada em futilidades, pensei "porque não? é que eu gosto mesmo de conhecer pessoas novas".

Bem, se querem conhecer pessoas, não entrem no Tinder. Se querem conhecer pessoas, saiam à rua, visitem um museu, metam conversa no café. Porque se a vida imita a má televisão, o Tinder é equivalente a uma saída à noite com o elenco do Geordie Shore.

No início, é um exercício fantástico para o ego. O rapaz é giro e tem uma descrição engraçada (com um link para o instagram ainda melhor). Deu match! OMG, sou mesmo gira. E agora, o que lhe digo? Normalmente, ele mete conversa primeiro, mas parece tudo tão forçado que mete dó. Lembram-se das conversas do mirc? Pois. Se conseguirem ter uma conversa interessante com um match, não hesitem! Eles são raros!

Resumindo, a minha experiência de um mês e tal de aplicação diz-me que:
  • 80% dos utilizadores são pintas com fotos a mostrar o six pack ou na praia (big NO NO).
  • 15% podem ter quarenta likes em comum contigo, mas dão te vontade de fugir a sete pés. Pode parcer fútil da minha parte mas, numa app em que as pessoas são avaliadas pela sua carinha laroca, tem de haver o mínimo de atracão física.
  • 5% parecem perfeitamente normais... são os piores. A cinco minutos da conversa sobre a sua última viagem ao Cambodja, já está a pedir para dormir contigo. Really.
  • destes, só 0,001% consegue manter uma conversa minimamente interessante contigo que não leve ao "vamo-nos divertir esta noite?" ou ao "mas sabes que o Tinder é mesmo para isso, não sabes?".
Resta-me reflectir que aquilo não tem nada a ver comigo e espero que nem todos os homens disponíveis deste Mundo estejam ali metidos. É que para isso, prefiro o celibato. No entanto, se quiserem rir um bocado, a instalação é grátis e os risos são garantidos.

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