Com várias pessoas conhecidas a marcar pontos no
Tinder, e como não devo nada a ninguém, entrei neste mundo novo à experiência. Longe de querer procurar um companheiro numa aplicação baseada em futilidades, pensei "porque não? é que eu gosto mesmo de conhecer pessoas novas".
Bem, se querem conhecer pessoas, não entrem no
Tinder. Se querem conhecer pessoas, saiam à rua, visitem um museu, metam conversa no café. Porque se a vida imita a má televisão, o
Tinder é equivalente a uma saída à noite com o elenco do
Geordie Shore.
No início, é um exercício fantástico para o ego. O rapaz é giro e tem uma descrição engraçada (com um link para o
instagram ainda melhor). Deu match!
OMG, sou mesmo gira. E agora, o que lhe digo? Normalmente, ele mete conversa primeiro, mas parece tudo tão forçado que mete dó. Lembram-se das conversas do
mirc? Pois. Se conseguirem ter uma conversa interessante com um
match, não hesitem! Eles são raros!
Resumindo, a minha experiência de um mês e tal de aplicação diz-me que:
- 80% dos utilizadores são pintas com fotos a mostrar o six pack ou na praia (big NO NO).
- 15% podem ter quarenta likes em comum contigo, mas dão te vontade de fugir a sete pés. Pode parcer fútil da minha parte mas, numa app em que as pessoas são avaliadas pela sua carinha laroca, tem de haver o mínimo de atracão física.
- 5% parecem perfeitamente normais... são os piores. A cinco minutos da conversa sobre a sua última viagem ao Cambodja, já está a pedir para dormir contigo. Really.
- destes, só 0,001% consegue manter uma conversa minimamente interessante contigo que não leve ao "vamo-nos divertir esta noite?" ou ao "mas sabes que o Tinder é mesmo para isso, não sabes?".
Resta-me reflectir que aquilo não tem
nada a ver comigo e espero que nem todos os homens disponíveis deste Mundo estejam ali metidos. É que para isso, prefiro o celibato. No entanto, se quiserem rir um bocado, a instalação é grátis e os risos são garantidos.